sábado, 2 de junho de 2007

Mortos? Não


Antero de Quental

Nós não somos os mortos condenados
Aos sepulcros de treva e cinzas frias,
Tristes evocações das agonias,
Sob os dobres dos sinos de finados...

Não estamos nas lápides sombrias
Dos cemitérios ermos e isolados,
Somos somente amigos apartados
Pelo... espaço das horas fugidias.

Crede que a luta é a nossa eterna herança,
Com a qual marchamos plenos da esperança
Que une os mundos e os seres nos seus laços.

Depois da morte, a luz de um novo dia
Resplende, transbordante de harmonia
Pela serenidade dos espaços.

Psicograia de Francisco Cândido Xavier

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